A nobre arte de dançar
Grande espaço iluminado
Passos ao fundo, murmúrios
Visão negra
O doce perfume da emoção
O samba na boca do estômago antecede a glória dos movimentos
Sentidos estes.
Calculados, batidos, fortes, suaves
São eles brutos, pulsantes, sensíveis
Focos de luz presenciam a dor e satisfação de um jogo de sentimentos
Que se vão numa fração do tempo
Um mistura estonteante de luz e vibração
Nos cliques da musica, compassadas às batidas do coração
Ritmos, versos e expressão
São eles tradutores deste teatro
Povos de uma única nação
Num lugar chamado Palco
Onde todos são diferentes em sua igualdade
Homem, mulher; paixão.
Estampa da alma, pulsação.
Voz do corpo, face, coração.
Ventos que se cruzam como véus de cores sortidas
Numa dança em semitons, formosa coreografia
Fúria, confusão, calmaria
Em cada movimento uma sensação
Olhares fixos, exatidão
No palco dos sonhos, transformação
Aquarela de amores, nuvens que transbordam verdade
Exibidas com ardor, animação, arte.
Dança de todas as cores, formas e cenários
Vida cotidiana nas ruas, palácios, cortinas, retalhos
Dançarino é poeta, artista, é humano.
De seu feitio ousadia.
Faz da dança seu mais forte refrão
Descobrindo um universo paralelo, sob as luzes, entre o céu e o chão
Desvenda mistérios. Dança. Libertação
De um livre equilíbrio, quase uma ilusão
Quebra as correntes da gravidade,
Como pluma, como pedra.
Numa passarela de encantos, sem medo de arriscar
Diz convicto ao maestro: ‘solte a musica, pois agora eu vou voar.’
Dúvidas...
Há 6 meses
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